31 de jul. de 2016

A vida no Pré-cambriano: Os primeiros seres vivos da Terra


O Éon Pré-cambriano é o mais longo na divisão da escola de tempo geológico; ela abrange cerca de 87% do tempo de existência da Terra, estendendo-se desde a formação de nosso planeta até 570 milhões de anos atrás, ou seja, durou um pouco mais de 4 bilhões de anos.
O Pré-cambriano está dividido em três Éons (Hadeano, Arqueano e Proterozoico).

Acredita-se que no Pré-cambriano surgiram as moléculas precursoras da vida, cuja principal característica era capacidade de autoduplicação. Essas moléculas devem ter-se organizado em sistemas cada vez mais complexos, capazes de realizar certos tipos de reações químicas que permitiam obter energia e utilizá-la para manter a organização molecular, para crescer e para se multiplicar. O aparecimento de sistemas auto duplicativos, que provavelmente se mantinham isolados do ambiente por um revestimento membranoso, marca o início da história da vida na Terra. Esses sistemas auto duplicativos há aproximadamente 3,5 bilhões de anos e foram os ancestrais das células vivas.
Os primeiros seres vivos eram muito simples, constituídos por uma única célula com organização procariótica, ou seja, desprovida de uma carioteca e de organelas membranosas do citoplasma. Os cientistas imaginam que os seres atuais mais semelhantes aos primeiros seres vivos que habitaram o nosso planeta sejam as bactérias arqueas, capazes de sobreviver em ambientes extremos como fontes de águas quentes, lagos altamente salino e pântanos. Acredita-se que esses ambientes tenham certas semelhanças com os que existiram na Terra primitiva, nos quais as primeiras formas de vida evoluíram.
As células mais complexas (eucarióticas) surgiram por volta de 2 bilhões de anos atrás, provavelmente como resultado da associação simbiótica entre células procarióticas. As evidências de que as mitocôndrias presentes em praticamente todas as células eucarióticas e os plastos presentes em células de algas e de plantas descendam de bactérias endossimbióticas são, até o momento, irrefutáveis.
O outro passo importante na história da vida foi o aparecimento dos seres eucarióticos pluricelulares, isto é, constituídos por muitas células. Nessa estratégia, células, resultantes da multiplicação de uma célula inicial passaram a viver juntas e a dividir as tarefas de sobrevivência. Com o tempo, surgiram organismos com células cada vez mais especializadas no desempenho de funções específicas, o que permitiu o aparecimento dos tecidos e dos órgãos.
As evidências desses seres do Pré-cambriano são por conta dos fósseis de algas e animais invertebrados de corpo mole, aparecem pela primeira vez em rochas de cerca de um bilhão de anos.
Os Estromatólitos são as evidências de vida mais comuns durante o chamado pré-cambriano.
Formavam-se através da atividade metabólica de organismos protistas, especialmente bactérias e/ou algas azul-esverdeadas (cianofitas). Ao captarem os carbonatos existentes nos meios onde viviam, e metabolizá-los, depositavam-nos em suas membranas celulares.
Estes organismos constituíam relvas de algas, disseminadas nos fundos dos mares plataformais daquele momento geológico.
Os mais antigos estromatólitos registrados até o momento apresentam uma idade em torno de 3,5 bilhões de anos.


REFERÊNCIAS
• Biologia das Populações - José Mariano Amabis & Gilberto Rodrigues Martho
• Museu de Paleontologia e Estratigrafia - UNESP

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